terça-feira, 18 de março de 2008

Iniciação Sexual na mídia



Horário nobre, televisão, rádio, internet, para todo lugar que se olhe tem algo retratando sobre a iniciação sexual precoce, gravidez na adolescência, aborto, aumento das doenças sexualmente transmissíveis, prostituição infantil. Contraditoriamente os mesmos meios de comunicação expõe as mulheres como produto, criando um modelo de beleza e ditando o modo de vida das jovens, imprimindo ao país que tem por cultura a banalização do corpo da mulher, independentemente de idade.
O pior de se encarar nesses chavões que a mídia lança é que os jovens têm consciência do uso do preservativo, no entanto não retratam a classe social que esses indivíduos estão integrados, que apesar de acontecer em todas as classes sociais a incidência é maior e mais grave em populações mais carentes. O aumento de todos os problemas citados acima não se deve apenas ao fato de conscientização ou não, pois apenas quem precisa de algum serviço prestado pelo SUS sabe a dificuldade e a burocracia que se encontra até para pegar preservativo, tendo que ouvir de um (a) agente de saúde que você precisa da autorização dos pais.
Decididamente não consideramos as questões de sexualidade, e seu desenvolvimento, como tema de saúde publica amparado por uma concepção moralista que insiste todo o tempo que esta é apenas uma questão de responsabilidade exclusivamente pessoal (grávida aos 12 ou 13, mãe de dois filhos aos 15 por pura opção) e que cada qual cuide do seu problema. Cerca de 20% das crianças que nascem a cada ano no Brasil são filhas de adolescentes. A maioria não tem condições financeiras nem emocionais para assumir essa maternidade.
E a comunidade médica tem alertado que as conseqüências de uma gravidez na adolescência não se resumem apenas aos fatores psicológicos ou sociais. A gravidez precoce põe em risco de vida tanto a mãe quanto o recém-nascido. Na faixa dos 14 anos a mulher ainda não tem uma estrutura óssea e muscular adequada para o parto e isso significa uma alta probabilidade de risco para ela e para o feto. O resultado mais comum em uma gestação precoce é o nascimento de um bebê com peso abaixo do normal o que exige cuidados médicos especiais de acompanhamento do recém-nascido.
Investir em campanhas de alerta e esclarecimento, que ofereçam informação ao jovem e incentivem o uso de camisinha tem um papel importante na prevenção de AIDS, doenças sexualmente transmissíveis e da gravidez precoce. Outro ponto fundamental é a questão da distribuição gratuita de métodos contraceptivos em escolas e postos de saúde, bem como campanhas e orientação para que as pessoas percam a inibição de pegá-los. Pois, além de tudo, o uso inadequado da pílula anticoncepcional pode provocar anomalias sérias, que vão desde a interrupção no crescimento físico da mulher que estiver em fase de desenvolvimento da estrutura óssea até a esterilização definitiva.





Por: LAURA ELICE
Coordenadora da União Brasileira das Mulheres
UBM _TO

Construindo o Tocantins com a nossa cara!


O Tocantins é o estado mais jovem do Brasil. Criado dia 05 de outubro de 1988 quando da promulgação de nossa Carta Magna (Constituição Federal Brasileira) foi a ultima unidade de nossa Federação a “nascer” e possui, proporcionalmente, a maior população jovem do Brasil.
Ouvimos diuturnamente dizer que o Tocantins é o Estado do futuro. E ele o é. Características naturais de todos os ecossistemas brasileiros, como o semi-árido do belo Jalapão, o rico cerradão do centro-sul do estado, a biodiversidade da floresta amazônica no Bico do Papagaio, a exuberante e pantanosa região da Ilha do Bananal, ..., fazem deste ecótono brasileiro, a terra do “tudo que se plantando, aqui dá”. O alto potencial de produção de energia (hidrelétrica, biodíesel, álcool) e a grande produção agropecuária, somados à posição geográfica estratégica de artéria nacional através da Ferrovia Norte-Sul, Hidrovia do Tocantins (no Araguaia não!!!), a plataforma Multi-Modal e a histórica Belém-Brasília (BR-153), fazem do Tocantins o coração do Brasil.
Contudo, ser o último colocado no Exame Nacional do Ensino Médio-ENEM durante mais de um ano e ainda padecemos pela baixa qualificação profissional de nossa gente, impede que nossos jovens vislumbrem a chegada deste futuro promissor. A juventude, porém, nunca se posicionou de forma apática. Ao longo da história do Brasil, sempre partiu dos estudantes ações ousadas e de vanguarda que ajudaram a construir nossa Nação.
A vitoriosa campanha do “Petróleo é Nosso”, encabeçada pela UNE (União Nacional dos Estudantes) resultou na criação da Petrobrás, orgulho nacional ao atingir neste ano a auto-suficiência em petróleo. A resistência Ditadura Militar que custou a vida de muitos jovens estudantes, em especial na Guerrilha do Araguaia, banhando solos tocantinenses com sangue de muitos jovens idealistas; a redemocratização do Brasil; a luta pelas “Diretas Já”, os “Caras Pintadas” que impeachetmam o ex-presidente Collor; o papel estratégico da Casa do Estudante do Norte Goiano – CENOG – na criação do Estado do Tocantins, até chegar em nosso exemplo caseiro mais recente de força da juventude tocantinense que é a criação da Universidade Federal do Tocantins – UFT.
O embate que se coloca à nossa frente neste ano de 2008, é a luta política pelas vias institucionais. É fundamental que os estudantes participem de forma ativa do processo democrático debatendo idéias, discutindo projetos, encaminhando políticas públicas para a Juventude e construindo cidadania através da participação. É imprescindível que a juventude vá às urnas nas eleições deste ano e, de forma consciente, possa eleger os representantes que estejam afinados com nossas bandeiras históricas de lutas e que possam oxigenar nossa representação.
Desta forma poderemos gritar em alto e bom som que nosso amanhã começa a ser moldado hoje. A construção de nosso futuro perpassa necessariamente por aquilo que construirmos no dia a dia, começando pelo agora. Afinal, é de responsabilidade desta geração, da juventude tocantinense, a consolidação das estruturas sócio-cultural e político-econômico que alicerçam o Estado do Tocantins. Não cabe mais a idéia que o jovem é o cidadão do futuro, afinal, jovem é o cidadão do presente e será nossa contribuição diária que ajudará a formar a sociedade que queremos para nós e para a descendência desta geração.



Por: JEANY AGUIAR

(Vice-presidente da UJS-TO)